sábado, 26 de maio de 2007

representações perfeitas, carne e sonho, infelicidade e desilusão...partes do corpo estrebucham...o calor oprime...sem sono...amanhã contemplarei uma fila fúnebre...derrota...culpa...círculos...enorme tristeza vindo...o presságio é: morte...o som é de sirenes...solidão...estou livre?...o que leva a mim mesmo?... no fim das contas é só uma perda a mais, sem sorrisos, sem planos, conjecturas, aconselhamentos, nu, desprovido de qualquer virtude, pura ruína...imaginação morta...morto...a luz do sol indo...brisa noturna...aqui na minha sala ergonômica, aqui que não me satisfaz...lábio rachado...do ouro lado rio, luzes pequenas, ali no muro as luzes de fim de ano enfeitando com doce ilusão estes últimos dias de 2006...de ressaca da vida arrasto-me pelas beiradas da cidade-abismo, sinto repúdio de mim por não ter coragem de ir adiante e dar cabo deste empecilho cansativo que é minha senda...no auge do sonho sou acordado por batidas na porta, levanto, vasculho e não há ninguém, talvez fosse um eco de um outro sonho dentro deste em que voava agarrado à uma asa de um espaçonave num futuro distante...lembro de agulhas sobre a pele...lembro da infância...sinto o quanto é péssimo ser grande!
out/nov 2006

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