quinta-feira, 10 de maio de 2007

os grilhões
quero que eles explodam
os olhos
quero que pulem das órbitas
as mãos
quero que apertem a jugular até o fim
os pés
quero que sangrem nesta senda tortuosa
os ouvidos
quero que estourem ao ouvirem qualquer voz

mas que adianta?

os grilhões
continuam cada dia mais sólidos
os olhos
ajudam mais em minha subserviência
as mãos
não passam de terreno fértil para calos
os pés
maquinário quase defeituoso
os ouvidos
latrinas onde a merda não pára de entrar!

23-08-2001

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