extrema fadiga
sol avança
tempestade ameaça mas não chega
fome devora
gata dorme ao longo da tarde
vejo o passado recente
lembro do presente há pouco
serpentes alvas espalham energia trevosa
risos ao redor
dentes rangendo
mãos gélidas
exterco flutua vaporizado invadindo o ser
olho a cidade pela nesga da porta entreaberta
divago em garatujas intraduzíveis
os dedos são rápidos, eficientes e calmos
roupas sujas na cerca
cada dia é um engano de pura verdade
disfarçoa dor
assuto-me com meus sonhos
farelos na página
quero e não quero
vivo e não vivo
morro e não morro
o lodo luta
e destrói seu criador.
18-04-2004
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