domingo, 13 de maio de 2007

xícara de café...o mundo em destruição...a surpresa de 6 tiros e você já não está mais aqui...a estrovenga passeia alimentado-se de corpos...a noite anterior foi de deliciosa trovoada...nuvens caregadas flanam sobre a província...pressão altíssima...velocidade extrema...mesmo dormindo não consigo descansar...cães ladram na noite...a face do morto agora expele sangue peças fossas nasais e pelos ouvidos...o que define a vida?...diante da página sou paralisado por uma torrente de imagens..completamente infeliz preparo-me para enfrentar a noite...amanhã a sala gélida de estranha labuta estará um pouco mais calma...meu cansaço é desrepeitado...vou embora e acalmo-me diante da máquina...onde forjar as engrenagens para uma nova essência?...ânsia de vômito...tudo se repete... fogo que percorre as veias...outro fenece no escuro a pedradas...onde vivo a morte sorri em cada esquina...quando vejo cicatrizes na minha pele sou arremessado numa dimensão de pura repugnância...calor...vejo amigos inalando lixo...pedalo pelas ruas do bairro num Domingo, tenho a impressão de estar num cemitério, tamanha solidão jamais vista...parece-me que o fim é chegado...nasci só, morrerei só...minha mãe tosse...gotejar incessante...adeus

13-03-2006

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