segunda-feira, 21 de maio de 2007

a doença volta novamente...páginas que não consigo decifrar...apaixono-me pela distância...você se materializa em meio à bruma da monotonia, você acredita em mim, você ouve minha exígua voz, você compreende minha fraqueza, você desfila suas mãos em meu dorso, eu me sinto feliz...a vida é uma doença benigna...aprender a vida é curar-se dela e esperar sem temor pela morte...saio na noite...sem rumo...apenas dor e saudade...cansaço...três dias longe de tudo...no retorno ao mofo um delicioso passeio...sala vazia...ressaca...aos poucos tudo retorna ao normal...pesadas nuvens sobre a província...cada dia mais fascínio...esperei e não vi tua chegada...água desaba em milhares de gotas...tempestade louvando Tempestade...não tenho medo de tua distância...você aniquila todos os meus medos...todos os espelhos quebram em uníssono...reviro meus trapos...ouço uma velha canção...dói tudo...sinto um mar de ternura invadindo-me...a porta da masmorra range...vômito...a luz do dia pertuba e machuca...confinado no leito esperando a cura...a porta se fecha...a chaga pulsa às vezes dolorosa, às vezes dormente...sufoco...apenas lhe peço que não se esqueça de mim...preciso de sua letra, de sua voz...fecho os olhos em puro devaneio e escuto tua esplêndida voz!!!

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