sábado, 5 de maio de 2007

minha cama é de solteiro
minha alma casada com a dor

sempre o mesmo palco
paredes velhas
páginas amarelas
teias de aranha
vez outra
dor de cabeça
quase sempre fome
sonhos pertubadores

a poesia não me quer
a vida me repudia
o fracasso me abraça

acato a miséria
meus farrapos
minhas garatujas
manhãs insatisfatórias

bocejo
a febre não cessa
o sono não chega

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