terça-feira, 4 de maio de 2021

A margem é o lugar. 

A solidão é a dimensão

No cume do nada contempla-se

Um eterno fim.

O grande muro do silêncio expande-se

Célere e indestrutível.

A memória fragmenta-se

Em filigranas de angústia.


O mundo desaba em cântaros 

A busca nunca cessa

Cada esforço uma mão vazia que tateia o escuro

Toco meu corpo,

Não sinto nada.

Ouço minha voz

E nada traduzo


O estertor de existir 

É insustentável.


Jan - 04/05/2021