A margem é o lugar.
A solidão é a dimensão
No cume do nada contempla-se
Um eterno fim.
O grande muro do silêncio expande-se
Célere e indestrutível.
A memória fragmenta-se
Em filigranas de angústia.
O mundo desaba em cântaros
A busca nunca cessa
Cada esforço uma mão vazia que tateia o escuro
Toco meu corpo,
Não sinto nada.
Ouço minha voz
E nada traduzo
O estertor de existir
É insustentável.
Jan - 04/05/2021