Esquizolife
delírio recorrente,náusea malsã, hipérbole da ruína!!!
terça-feira, 4 de outubro de 2011
em meio à escuridão do labirinto
fios dourados resplandecem
como a guiar o perdido ao caminho certo
ao tocá-los
tudo se apaga
nova parede surge.
eis que a noite chega com seu manto aliviador
rumo ao leito
duro frio e empoeirado
ouvindo
a estática do rádio
engulo
meus pesadelos!
obnubilado
passo lentos,
a dádiva como se desaparecesse
a chama da dor cavando fundo,
o ápice
mãos vazias
lembrar e ruir
o caos como prêmio
e o que resta?
a lâmina cega
isqueiro vazio,
um eco que beira náusea
imagem refletida ao infinito
na luz mortiça da ressaca
tosse
desolação
a palavra do poeta
repete-se na cabeça
combalido pelo delírio
não sei que rumo tomar
atiçado pela lembrança
que ainda vibra na pele
calo-me
tudo jaz
até que algo perturba a planície
afasta o pó ancestral,
faz do simples
um mundo de miríades fabulosas,
e a vitrine embaçada
acalma
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