sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Estou na distância.
Cravado.
Líquido.

Pesado sublime que atravessa o tempo.
Passos.
Mãos cegas.

Ásperos dias de bruta vontade. 
Luz. 
Devir!

24/10/2014
Caindo de sono. 

Olho fechado. 
Olho aberto. 

Sobressalto.  
Pesadelo que não cessa 
mas não chega.  

Parece que despenca. 
Agarro-me. 
Frágil!

24/10/14

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O espelho fala. 
Onda de silêncio permanece. 

Ao longe verme fareja. 

Será desta vez? 
Peito arfa. 

Trago dor 
em cada canto do corpo. 

Cuidado!
23/10/14
O inimigo sonda! 
Nas sombras disfarça-se de luz. 

Persiste. 
Vozes cantam sangue. 

Hiena.

A carniça ainda perfuma. 
Medo do meu silêncio!

23/10/14
Escreva.

A carne quer!

Escreva.

A lágrima
tece o salto final.

Escreva.

Língua seca.

Escreva.

A solidão
grita uma lâmina.

Escreva.

Sinta!

23/10/14


Rasga-me
a voz mortal da perfídia.

Queimo os ossos
Aspiro a podridão do sacrifício.

Luto contra o veneno
que sobe pelos pés.

Espero apenas.

22/10/14