vício vício vício
tremor
o líquido desliza
pelo copo
declino na fome
mas o sólido não me apetece
água
urina
café
colostro
dedos atrofiados
debulham vagens de luz
lesmas passeiam
na cadência da ânsia
lindas gotas douradas
em cacos de vidro
reminiscências
sobras de lucidez
nas ruínas de mais um dia
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
um tropeço nas bordas da aurora
desliga-se do mundo
das essências maviosas
ruminação cruel
infeliz
simplório
e na ressaca
quando tudo derrete
em rios de dor e ruína
transcendo
o poço través do fundo
cada vez mais
ínfimo
ímpio
serpente ácida
enroscando-se
cicatrizando-me
agarro o dia com as mãos
e o que resta não passa de uma farpa
fincada entre os dedos
palavra alquebrada
pássaro esquálido
ouça o trote inaudível da morte
chegando
chegando
chegando....
desliga-se do mundo
das essências maviosas
ruminação cruel
infeliz
simplório
e na ressaca
quando tudo derrete
em rios de dor e ruína
transcendo
o poço través do fundo
cada vez mais
ínfimo
ímpio
serpente ácida
enroscando-se
cicatrizando-me
agarro o dia com as mãos
e o que resta não passa de uma farpa
fincada entre os dedos
palavra alquebrada
pássaro esquálido
ouça o trote inaudível da morte
chegando
chegando
chegando....
quarta-feira, 9 de janeiro de 2008
escuto o que não quero
engulo minha curiosidade
barbatanas
felpas geladas
rasgando o peito
atravesso a noite
selvagem como nunca fui
abraço o copo
em busca de libertação
impreciso como um doidivanas
esmurro cacos de espelho
cruzo uma ponte
chego ao nada
o sol desliza calmo e silente
água marítima toca os pés
quase não controlo a ânsia de vômito
a vida torna-se um desfecho banal
máquina corporal alquebrada
pede uma folga
ignoro
não sei se por medo
não sei se por virtude
e os líquidos continuam descendo
penso cegueira
espirro redundância.
engulo minha curiosidade
barbatanas
felpas geladas
rasgando o peito
atravesso a noite
selvagem como nunca fui
abraço o copo
em busca de libertação
impreciso como um doidivanas
esmurro cacos de espelho
cruzo uma ponte
chego ao nada
o sol desliza calmo e silente
água marítima toca os pés
quase não controlo a ânsia de vômito
a vida torna-se um desfecho banal
máquina corporal alquebrada
pede uma folga
ignoro
não sei se por medo
não sei se por virtude
e os líquidos continuam descendo
penso cegueira
espirro redundância.
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