sábado, 31 de maio de 2014

  • Ruir 
  • para solidificar-se. 

  • Afundar 
  • num abismo vertical. 

  • Lamber 
  • o frio do mármore. 

  • O som é uma serpente. 
  • A distância um aço!
  • 31/05/14

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Funde-se na distância, 
liquefeito 
nas intempéries do Tempo, 


nas náuticas vias do sonho, 
desperta!
05/14

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Agora, 
o chão se abre, 
e a queda, 

delícia ilusória do vôo, 
tudo apagará, 
tudo esvanecerá 

antes 
do choque final!

05/14
Esquece o bisturi na mesa, 
mas aguça 
a lupa do sofrer. 

Quem 
traz a dádiva? 

Quem sobrevive na berlinda? 
Quem?
05/14
A menina abraça-me, 
o filósofo oferece.
filigranas de sonhos, 

e nem é tanto sonho, 
a menina sorri, 

ele vai, 
some na bruma,
acordo, dor!
05/14
Esboroa-se no tempo 
a possibilidade de mudança. 

O ferrugem grita a propriedade 
na peça quase morta. 

A saga cansa. 
O caminho segue!
05/14
E mergulha no prato 
para estancar a ânsia do buraco 
eternamente faminto! 

Inspira a névoa-sonho.

Páginas de medo, 
fascínio e tristeza. 

Durma!
05/14


Bífida baila no ar. 
Crispa-se no lençol com força. 

Contempla 
a imensidão aquática. 

Pisa na areia, 
sonha! 05/14

terça-feira, 13 de maio de 2014

Taipa, barro
onde a infância vivida
reverbera saudosa no futuro.

Barro, janela, 
e de mãos sábias 
o destino baila certeiro.

Chão, fresta,
respiro o futuro com gosto,
arremesso-me na luz!

J.A.N - 13/05/2014

foto by I.