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para solidificar-se.
Afundar
num abismo vertical.
Lamber
o frio do mármore.
O som é uma serpente.
A distância um aço!
31/05/14
Funde-se na distância,
liquefeito
nas intempéries do Tempo,
e
nas náuticas vias do sonho,
desperta!
05/14
Agora,
o chão se abre,
e a queda,
delícia ilusória do vôo,
tudo apagará,
tudo esvanecerá
antes
do choque final!
05/14
Esquece o bisturi na mesa,
mas aguça
a lupa do sofrer.
Quem
traz a dádiva?
Quem sobrevive na berlinda?
Quem?
05/14
A menina abraça-me,
o filósofo oferece.
filigranas de sonhos,
e nem é tanto sonho,
a menina sorri,
ele vai,
some na bruma,
acordo, dor!
05/14
Esboroa-se no tempo
a possibilidade de mudança.
O ferrugem grita a propriedade
na peça quase morta.
A saga cansa.
O caminho segue!
05/14
E mergulha no prato
para estancar a ânsia do buraco
eternamente faminto!
Inspira a névoa-sonho.
Páginas de medo,
fascínio e tristeza.
Durma!
05/14
Bífida baila no ar.
Crispa-se no lençol com força.
Contempla
a imensidão aquática.
Pisa na areia,
sonha!
05/14
Taipa, barroonde a infância vividareverbera saudosa no futuro.Barro, janela, e de mãos sábias
o destino baila certeiro.
Chão, fresta,
respiro o futuro com gosto,
arremesso-me na luz!
J.A.N - 13/05/2014
foto by I.