A margem é o lugar.
A solidão é a dimensão
No cume do nada contempla-se
Um eterno fim.
O grande muro do silêncio expande-se
Célere e indestrutível.
A memória fragmenta-se
Em filigranas de angústia.
O mundo desaba em cântaros
A busca nunca cessa
Cada esforço uma mão vazia que tateia o escuro
Toco meu corpo,
Não sinto nada.
Ouço minha voz
E nada traduzo
O estertor de existir
É insustentável.
Jan - 04/05/2021
2 comentários:
Até o dia 21/04/2021 eu achava que sabia o que era vazio existencial. A roda rodando cada vez mais frenética, e a gente sem chance de descer desse trem fantasma. Compensações? Extremamente escassas. Eu mesma fabrico a maioria. Reparação? Talvez em uma outra vida. Nesta, o que resta é a dúvida, o assédio, a calúnia, a difamação. E assim vamos (sobre)vivendo. Até o dia do reencontro. Sim, tá muito mais do que f...
excelente parabéns!!!!
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