quinta-feira, 10 de maio de 2007

acerco-me de tudo
porquê existo
porquê vivo
mas
não importa a verdade
não importa o falso que há
embora
o que se entende por ser
seja seguir as regras
e dentro das delimitações destacar-se
pois é disto que não preciso
super-ânsia: não!
super-verbo: não!
super-teoria: não!
não basta
não resolve; a práxis vedadeira uma quimera utópica...
o ínfimo é e ainda será o particular ao "homem"
neste torvelinho de merda que é a vida
divirto-me com a fome
abraço a ergonomia brutal como musa
aqueço-me nas gotas que caem
tento, por fim, viver numa câmara escura
sem sonho
sem idílio
sem prazer
sem nada...

13-07-2002

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