sexta-feira, 25 de maio de 2007

numa página do passado a palalavra de três amigos...nas paredes rastejam musas e surgem formas...antes de ontem foi uma noite terrível...parecia que ia dissolver...na cozinha esposa e sogra conversam sobre as mazelas do cotidiano...daqui a pouco retorno ao meu posto de escravo...cansaço, cansaço, apatia...outrora a lombra era a única fuga...onde estão as chaves da bonanza?...fuligem...a boca cospe mil e uma coisas...o ventilador treme, quase pára e volta a girar a hélice...a cortina balança, parece ter vida...vou desumanizando-me...quem dera ser um objeto...finco os dedos na minha carne e nada...fome, dor, anestesia...liga, liga, desliga...respiro fundo, imagens difusas; uma rua de Santa Tereza, garota nadando no Arpoador, ruas de São Luís do Maranhão...síncope...a boca não cessa...aqui, aqui, longe...os brinquedos foram embora...o riso perdeu o som...todo dia é uma doença nova...no meu sonho alguém dizia "deixe um rastro de aspirinas no caso de você esquecer o caminho"...lembro de manhãs-lexotan, tardes-lorax, noites-rouphinol...esqueço, esqueço, sorrio...sorrio, sorrio, esqueço...
agosto 2006

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