segunda-feira, 7 de maio de 2007

até onde minha palavra é minha?
a imagem de qualquer coisa aliena-me do cotidiano.
o que sai da minha boca é o que rompe do outro lado da rua...
nas nebulosas que repousam entre os minutos
bebo uma essência rara...

noite fria do campo
natureza pulsa
desde quando o belo é meu?
aceito o que sou...
no momento é extremamente isto
já transmutando-se em outro...
doce canção soa na cozinha...
amanhã o concreto nos espera...
se o presente não for temperado de saudade não será!

louvam o genes...
nunca homenageiam os vivos
só os mortos são dignos de tal bazófia...
mesmo aqui não esqueço do que me espera...
clamo uma lembrança da inffância
linda , cheia de cores,
um lenitivo para esses tempos tão confusos...

risco uma página e jogo no lixo...
palavras saltam da pele...
incrivelmente sensibilizado escutos vozes amigas
vozes queridas ao redor da mesa...
será que chego em casa?
tudo estará em ordem?
apostamos sempre no vazio...
nosso próximo passo é no escuro
nada nunca é o mesmo....

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