sábado, 5 de maio de 2007

simplesmente tento entender
as cifras, os códigos, os símbolos
mas tudo escapa deixando-me no escuro;
faço do antro úmido minha silente morada

lexotan desce suave

a placa que paira na estrada
não diz nada
o barulho dos pneus no asfalto
me chamam pra longe e não mais voltar

blues de Ellington na manhã

calcino minhas lembranças na privada
durmo como uma pedra
até os fins dos tempos sem consciência
amanhã desperto e não acordo

além da parede calor insuportável

no gelo da reclusão engulo espinhos
o coração parece um tanque em frangalhos
o que fazer? pra onde ir?
não importa, nada importa verdadeiramente!

8 - 03 -2005

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