sexta-feira, 25 de maio de 2007

não consigo olhar para trás...e neste exato momento dói tudo...não consigo lembrar...se aqui é o fim da viagem tudo está em desordem...engulo farpas...a música vai e volta a cada dois minutos...eternamente sangue...velhos sapatos debaixo da cama...dói o tornozelo..janelas, janelas e escadas...fibrilando, pura tensão...moedas tilintando no chão...desespero hoje, amanhã talvez liberdade...limpe os pés...deixe minhas vísceras quentes...minha língua dança solitária no ar...onde está a tigela de doces?...bombas, bombas, ogivas para todos...esta página é uma página do passado...letras escorrem pela superfície...a vida real é mesmo uma grande merda...visão turva...placas hipnóticas...tolice por todos os lados...migalhas e um batalhão de formigas na cama, moscas vão e vem...desmonta e quebra e conserta e desmonta de novo...quem define as consequências?...não consigo andar com as próprias pernas...sou um vacilo a cada instante...tento esquecer o sono...a cada dia respiro pior...amanhã logo cedo estarei de pé...no meio da noite sinto saudades dos longos dedos brancos que acaricavam-me com magnífica força...tempestade...minhas entranhas tremem...sinto tudo ir embora....cada evento é uma enorme despedida...será que sou livre?...facetas disso e daquilo...mudez...

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