no fim das contas
sempre sou o perdedor
aquele que vê a desgraça
e já não se importa mais
não tenho lar;
meu peito arfa
completamente cego
dou murro em ponta de faca
e na rua onde
o tempo se mistura
derreto em transe
descanso inocentemente
penso que é mas não é
mesmo não sendo
acaba tornando-se
tudo aquilo que queria
uma melodia rasga a noite
o trabalho me destrói
o sono me prega peças
a palavra me alivia...
10-03-2006
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