sábado, 12 de maio de 2007

nada peturba
por isto o silêncio
o esmorecer das coisas
a falência dos órgãos

nada dissimula
eis que a merda explode
em delírio real
suspeita euforia

deixo uma parte de mim em tudo
tudo sucumbe
tudo flui
e aquela parte perde-se em meio à outras partes
palavara-serpente
palavra-mágoa
palavra-liberdade

pego a lâmina
desfaço a carne em fiapos
sangue
sangue
muito sangue

labirintos claustrofóbicos
febre vil que avassala
despejo minha merda em qualquer lugar
vomito minha palavra em qualquer pinico

depois um pouco de sono e sonhos terríveis
depois lavar a boca, alimentar-se
e suportar sim!
suportar mais um dia!!!

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