no sangue a potência do álcool
tudo bruma
sensação ilusória
corpo doente...
não assimila
sanguessuga
fraqueza
sem lembrança
esquisito não poder lembrar
mancha
revés
melífluo
se pisco a palavra surge
se é silêncio a palavra pulsa
requiém
não concebo a possibilidae de futuro
energia
espirro
chaves no balcão de mármore
tudo tão longe
tenho pouco tempo
não tenho tempo nenhum
renda cinza e pele negra
centelhas de uma suposta felicidade
no cérebro a dor da ressaca
vem, vem e consome minha paciência
vem e me acorda
a cada passo me perco nos melindres do viver
no peito agulhas, agulhas e agulhas
vazio
aqui a melodia toma rumos delirantes
dói calcanhar
sono
assombro
momento azul, luz diáfana, gestos nervosos, sufoco!
era pra ser tudo perfeito
busco um lugar confortável
boneca desgrenhada
os dias emendam-se, formam uma grande elipse
onde vacila a existência
tem palavras que não quer sair da boca
persistem em ressoar
num tinir
num sobreviver a revelia
eis os últimos acordes
é delicioso ver por entre frestas...
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