sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Silêncio paira sobre minha mão
Nada quer sair
Vinil gira eternamente mudo
Esfaqueando mil nadas em meus flancos frágeis

Eterno murmúrio de brisa
Nas calçadas lindas polacas nuas, desembestadas
Cantando
Correndo
Sentando
Urinando nas bocas-de-lobo
Deixando as donas de casa estarrecidas
Com os lindos pelos pubianos
Juvenis e louros
Alguns ruivos
Outros negros
Castanhos e até brancos;
Com seus ciltóris em riste
Com suas vulvas beijando-se ali na esquina
Na beira-mar rolam pela areia úmida
Movimentando os ágeis dedos por toda extensão vaginal

Sim

Elas espantam os vendedores de picolé
Elas compram picolés e passam por todo o corpo
Mangaba
Tamarindo
Graviola
Suor sexo polpa de fruta

Agora música nostálgica
As janelas fecham-se
O pudor vai dormir injuriado
As polacas sorriem
Cospem na fogueira

Silêncio pairava...

8-04-93

4 comentários:

Anônimo disse...

Adorei Fúria. Achei apaixonantemente surreal. kk
Parabéns.

Ass: a compradora sazonal do Sebo da Cultura.

Anônimo disse...

nhaaaaaaaaaa

Anônimo disse...

Atualize meu bom homem...

Anônimo disse...

Hj resolvi mesmo te ecrever... 2º post.

www.oliviapalitoperdidanomundo.blig.com.br

São minhas malfadadas linhas. São só besteiras. Só pra conversar com alguém... nem que seja comigo mesma. kkk