Os esparsos se completam
No vão escuro do meu quarto abafado
Se completa numa morbidez
Num pulsar de pura e louca eloqüência
Tal qual um quasar
Uma estrela morta
Enquanto isso a nicotina passeia
As damas discutem
Batem suas línguas
Suas idéias
Enquanto isso...
Enquanto a voz vai tornando-se rouca...
As mãos dançam sobre os cabelos
Vozes cantando
Espelho
Ilusões
Os esparsos se misturam
Em louco caleidoscópio
Jamais usarei minha palavra
Em nome da discórdia
Deixarei sem sombra de dúvida
Que o silêncio tome conta desse desprezível assunto
Uma senhora louca dança
Caminha e canta em pleno meio-dia
Os esparsos se entranham
Se estilhaçam em dor
Rumo às minhas pupilas lacrimejantes
15-02-93
Nenhum comentário:
Postar um comentário