sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Agora vertigo
Numa vórtice de febre e calafrios
De ponta cabeça
Como se fosse um pêndulo
A jorrar pus e desespero

Eu?!?
Sim!

Eu sem rumo
Sem âncora
Adoentado pela inconstância
Agora sou hélice nos confins de uma Austrália atômica
Moendo as pupilas podres dos que amaram
Dos que me odeiam
Enfim
De toda a minha ancestralidade

Parece que espantaram a vitalidade
De uma só lufada
Volto a ser pêndulo
Em toso os relógios fantasmagóricos
De paredes de casas assustadoras

Eu a escutar a canção nostálgica
Agora sem cançãoamigareconfortadora
Nesta sala vazia
Pois minha Mãe dorme (lógico que está muito longe)
Rústicacançãoinverno.

9-7-93

Nenhum comentário: