sexta-feira, 10 de outubro de 2008

As palavras tétricas
Soam ferinas

Talvez sangue
Em algodão esparramado pelas paredes

Vassouras guiadas
Guiando lixo
Limpando o chão

A luz

Aos poucos os traços explodindo
Em profusas canções
O calor cavalgando em corpos;
Impuras ruínas.

O torpor incendeia as entranhas
Um tédio de proporções inconcebíveis
Me afunda em desgosto
Inconstância, solidão...

Cada rumo
Um desencontro
Cada néon que acende e apaga
Um vazio à minha espera
Cada olhar
Uma imensa agulha
A tatuar o horizonte em busca de satisfação...

21 -12-92

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