sexta-feira, 10 de outubro de 2008

A cabeça pende, para trás, de sono
A dor é demais
O medo também;
Me diga que o barco não pode ir á pique

Não quero suportar
Este torpor de promessas
Este mal-estar de apenas ver
De não por pra fora
Esta gastura de tudo incubar

Me confirme as longas asas da insânia
Devastando essa insuportável situação
Com lufadas fortes de pura utopia...

E quero
Chupar os teus olhos
Quero todo
O teu suor como vinho da melhor safra

Também quero
Tuas mãos espancando
Todo o meu corpo

Não quero perdê-la
Quero tua virilha
Como ódio
Teu ventre
Como leito

18-01-93

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