sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Nas veias
Nas ruas quase camufladas, sem curvas
Nos esparsos coagulados
Nas estátuas cobertas de podridão
Nas reticências que explodem no horizonte
Apenas solitude

Nos corpos que me abraçam
Nas íris que se estufam ao sol
No explodir dos corpos em riste ali na esquina
No vácuo empoeirado das bocas secas
Apenas coma e sarcasmo

Nas reminiscências de asco imprescindível e rotundos ecos reverberando
Nas unhas sujas
Nas brisas
No murmúrio
No desembestar das línguas loucas, das cuspidas na cara.
Apenas infortúnio e dor.

14-05-96

Nenhum comentário: