sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Somos caquéticos rotundos
Como vozes se perdendo no frio
Nada temos obstruir...

Esse coro trêmulo de corpos molhados nome de Julho

As pétalas metálicas e furiosas
Da flor de vomitam adagas geladas
A carcaça avagina-se em fome
Tosses redundam no corredor escuro
E os dedos da polaca cavalgam no ócio da mesa de compensado

Agora o meu corpo
Explode em mil diálogos
A mão tremula
Sobre o mar-virgem-esbranquiçado da folha de papel ofício

Vejo que a lembrança
São cortes secos
Slides preto-e-branco na sala vazia
Traços confusos

Meu sangue ecoando
Escorrendo numa carta de Agosto

15-06-93

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