domingo, 27 de agosto de 2017

O passado reverbera nas caixas negras
A canção se espalha
Um amortecimento
Sinto pés caminhando dentro de minha cabeça.

Libertar-se das roupas
Dos pelos.

Engulo a tarde em ânforas de café amargo

Perdido
Dilacerado
Homem sem terra
Sem raiz
Agora
Sem horizonte
Apenas um muro cotidiano e cruel.

Patas liliputianas
Em todo o corpo
Uma loucura
Uma coceira
Um espremer de verrugas
E correr alegre pelo quintal
Após a explosão tão esperada

Uma alegria
Tão parecida com a infância
E depois banhar-se em álcool

Populações debaixo da unha.
Sonhos da virilha...

05-08-2008


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