O
passado reverbera nas caixas negras
A
canção se espalha
Um
amortecimento
Sinto
pés caminhando dentro de minha cabeça.
Libertar-se
das roupas
Dos
pelos.
Engulo
a tarde em ânforas de café amargo
Perdido
Dilacerado
Homem
sem terra
Sem
raiz
Agora
Sem
horizonte
Apenas
um muro cotidiano e cruel.
Patas
liliputianas
Em
todo o corpo
Uma
loucura
Uma
coceira
Um
espremer de verrugas
E
correr alegre pelo quintal
Após
a explosão tão esperada
Uma
alegria
Tão
parecida com a infância
E
depois banhar-se em álcool
Populações
debaixo da unha.
Sonhos
da virilha...
05-08-2008
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