sábado, 6 de dezembro de 2008

Rasgo o passado
outro emerge
pássaro lento, faminto
contempla a carniça

o pranto escorre
dos olhos, da boca
navalha fria
rasgando mais uma vez

contemplo os restos
pedaços meus
lembrança sem sentido
para o abismo, vazio sem fim

culmino solidão
destino irreparável
sempre um peso
difícil, péssimo de aguentar!

18-11-08

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