sábado, 6 de dezembro de 2008

Palavras despencam de minha latrina
ressoam debéis
setas lançadas ao vazio.
deixam-me emudecido
quase rancor
quem sabe uma diáspora de si mesmo.

Deslizo na manhã
insensivel ao redor
anestesiado por um tédio incomensurável.
ignoro a luz.
que venha a escuridão fatal
abraçando, ceifando, libertando
inexistência sim
a todo custo!

Agora pior
bem pior do que outrora.
mormaço. lama. doença.
ânsia de clausura.
as peças do quebra-cabeça
repousam em meio ao mofo.
desprezo. solidão. insiginificância.
um dia sólido.
outro mero vapor.

25-07-08

Nenhum comentário: