sábado, 14 de julho de 2007

o oriente explode
o povo esquece que é povo
folguedo
as luzes da cenografia
trazem a realidade
aqui solitário
ali dormindo num leito que me traz dor
nesta mesa a palavra me trai
nesta cadeira grito impropérios a esmo
é como se não fosse
diante da máquina fico prestes à loucura
o fio da minha senda
multiplica-se incontrolavelmente
quero a palavra perfeita
atravessa-me lentamente uma sonolência
um querer ir-se daqui
querer não querer
ir sem ir
fincar e flutuar
relembrar
a ampulheta está vazia
o sorriso se quebra
a noite continua

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