sábado, 28 de julho de 2007

gengiva sangrando...adentro a madrugada sob o signo do trabalho...mil possibilidades para apenas uma vida...coração pulsa enfermo atormentado por pontadas leves e agudas...2° dia do ano...e agora o que fazer?...avião ruge na madrugada fria atravessando o espaço rumo a não sei aonde...sinto que hoje não chega...na manhã de quarta uma delícia...tudo tão frio...tudo tão doméstico...tudo assim, assim...pele grudando...perdigoto salta e cai no canto dos lábios da menina de olhos verdes...chuva fria...quanto tempo estou preso?...será que nasci de verdade? isto que vejo não é uma pseudo ilusão? eu anti-matéria, tudo que é sólido anti-matéria...escorpião sobre o meu peito, o rabo pingando veneno treme...quando estou aqui é ruína...quando estou em qualquer lugar é vazio irremediável...agora sereno...cachorro gane de frio...sono chegando...apavorado dentro da caixa de metal busco uma saída, línguas deliciosas sugam-me por inteiro, mesmo assim preciso abrir este cubo maldito...não aguento mais ouvir minha voz..nem sentir o cheiro de meus excrementos que as paredes engolem...cochilo...olho para a província com outros olhos como se este que contempla não fosse o que se é...vermes sob minha pele...divago em meio a avalanche de sentimentos que é cada novo dia...lembro com pesar de cada gato atropelado diante minha porta...sono chega...é um mergulho sem volta...grite quando for preciso...desligar e sentir o verdadeiro real, desligar e vislumbrar o sonho...
03 - 02 - 07

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