terça-feira, 5 de junho de 2007

o disco gira...criança estupefata não entende ou pensa que entende...sumindo...perfeitamente vazio...resgate minha injúria, enterre num ermo qualquer o que sobrou de mim...eu, o compositor e a cantora de péssima voz batucando e cantando na madrugada...eu e o poeta nas entranhas da noite...nada me separa do que quero...ilusão até 5 da manhã...quantos pensamentos no espaço de um bocejo?...ela degusta a refeição, acende um cigarro e cochila...a privada repleta de nosso excrementos todos os dias...sejamos racionais, vamos pular daqui, vamos descobrir, tentar existir...nenhuma profundidade importa...quero sono para o outro mês, outro dia? sem placidez, sem esperança! apenas deixar-se levar pelo fluxo da maré...uma nova luz, uma nova realidade...a voz do coração se despede do corpo magro que me aprisiona...e agora? eu máquina imperfeita não tenho nada pra fazer...a vida é um erro histórico...de braços abertos...expulso...nada melhora...pulso fraco...quero entregar os pontos...quero um baú repleto de neutralidades...luzes piscam, olhos extasiados, cartões de crédito pulsantes...deixem-me aqui no meio da rua; postes apagados, sombras suspeitas, espero amanhecer...sem voz...a madrugada avança...nervo fraco...histeria
novembro/dezembro 2006

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