De que adianta o riso
Se há preocupação
Pra quê o pasto
Se logo após será náusea?
Apolo esconde-se atrás das montanhas
Pã assobia uma melodia fúnebre;
Em meu antro contemplo excretos humanos
O nojo me domina mas não há como evitar
Apenas dou passos pra longe da lucidez
Vou em busca da névoa
Louca ninfa herbácea que relaxa
Drágeas pra suportar, suportar e viver
Lóki sorri de minha amargura
Hela olha-me desejosa;
Já sinto na boca o gosto insalubre da doença
Busco no sono de um leito velho a cura
Mas não adianta porra nenhuma!
Estou cercado
Preso nos tentáculos
Nas ventosas letárgicas do ócio...
02-05-2000
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