segunda-feira, 25 de outubro de 2010

De que adianta o riso
Se há preocupação
Pra quê o pasto
Se logo após será náusea?

Apolo esconde-se atrás das montanhas
Pã assobia uma melodia fúnebre;
Em meu antro contemplo excretos humanos
O nojo me domina mas não há como evitar

Apenas dou passos pra longe da lucidez
Vou em busca da névoa
Louca ninfa herbácea que relaxa
Drágeas pra suportar, suportar e viver

Lóki sorri de minha amargura
Hela olha-me desejosa;
Já sinto na boca o gosto insalubre da doença
Busco no sono de um leito velho a cura

Mas não adianta porra nenhuma!
Estou cercado
Preso nos tentáculos
Nas ventosas letárgicas do ócio...

02-05-2000

Nenhum comentário: