sexta-feira, 30 de julho de 2021

O acalanto do firmamento 
beija o solo infestado.
Aqui 
Entranha seca
Pele esturricada da lida solar
Do outro lado da porta
O nada de sempre a ser vivenciado.

A pequena janela de luz.
Usina de pensamentos indesejados.
Páginas grudadas pelo mofo
O desejo desliza
No vazio esplêndido da Repulsa 

Frio nos pés
Mãos trêmulas
Arrocho
O espelho grita

A navalha da vida teima.
Viscosa pocilga chamada solidão
Tudo em mim ressoa derrota!

2021

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