sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Energia desmesurada
Sono não dormido
Uma carreira atrás da outra
Engana e satisfaz

Resta o branco do dia
Longa jornada
A esqualidez tendo
Que agüentar o tranco

Na escada ouço
Cama que range
Gemido forçado
Esgar sincero

Mão apara
Gozo enfraquecedor
Mistura de sêmen e merda
Desce rodopiando

Água tépida
Pele arrepia
Pálpebra tremula
Ácido chega até a boca

Fossas cortadas
Pelo lixo
Sem preço
Ausente de sentido

Nuvem cinza
Instala-se magnífica
Que demore
Desabe se quiser

Gole após gole
Vazio preenchido
Pés inchados
Voz incessante

12-08-2010

Nenhum comentário: