um tropeço nas bordas da aurora
desliga-se do mundo
das essências maviosas
ruminação cruel
infeliz
simplório
e na ressaca
quando tudo derrete
em rios de dor e ruína
transcendo
o poço través do fundo
cada vez mais
ínfimo
ímpio
serpente ácida
enroscando-se
cicatrizando-me
agarro o dia com as mãos
e o que resta não passa de uma farpa
fincada entre os dedos
palavra alquebrada
pássaro esquálido
ouça o trote inaudível da morte
chegando
chegando
chegando....
Um comentário:
Muito bem meu senhor!
Todo trabalho que provoca o pensamento deve ser divulgado
para assim, cumprir seu legítimo papel.
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