eis que o rio seca
palavra jaz calada
confinada num baú de vísceras
velhos gestos retornam
uma última onda
de pulsante energia
labaredas vermelhas
línguas escarlates
deito no abismo
nada enxergo
estranha solitude
canção triste que se vai
é como se acordasse
de um longo pesadelo
grilhões derretem
escalo o buraco com avidez
não importa
seja luz
seja sombra
verdadeiramente não interessa
cada passo
uma certeza dum novo que dilacera
cada olhar
um vislumbre daquilo que é imutável...
18-03-09 &
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